O ponto alto da Era Brosnan, muito por conta do que já mencionei em outra crítica. Essa coisa de que os filmes de James Bond sempre são ao mesmo tempo uma resposta para o cinema, para o filme anterior e para um contexto sociopolítico. Aqui, uma amálgama de alusão ao cinema de Hong Kong por … Continue lendo 007: O amanhã nunca morre, Roger Spottiswoode, 1997
O pagamento, John Woo, 2003
Triste que o maneirismo “tradicional” de Woo meio que é limitado pela falta de capacidade de alguns envolvidos. Affleck no seu pior, Uma Thurman no seu pior ainda, não conseguiriam convencer se o filme se levasse sério. Já enquanto a articulação maneirista de gênero que Woo tenta construir, convencem menos ainda. Ainda assim, a ação … Continue lendo O pagamento, John Woo, 2003
O homem das novidades, Buster Keaton & Edward Sedgwick, 1928
Fora a perfeição simétrica de trama, estrutura de comédia e das gags visuais do cinema dele, Keaton meio que concretiza algum comentário sobre a forma fílmica. Sanduichado entre Berlim: Sinfonia da Metrópole, de 27 e O homem com uma câmera, de 29, o terceiro ato deste The Cameraman (ou O Homem das novidades) vai se … Continue lendo O homem das novidades, Buster Keaton & Edward Sedgwick, 1928
Alta fidelidade, Stephen frears, 2000
Tem uma questão bem típica de quando certos formatos se tornam clichês; quando certos estilos se transmutam em templates prontos. Formas de filmar, de montar etc que parecem frescas, divertidas, numa época; acabam soando datadas vistas um tempo depois.
Amor em jogo, Bobby & Peter Farrelly, 2005
É tão bobo, mas funciona em tantos níveis que fica difícil não defender. Apesar da chaga que é a presença da falta de talento absoluta personificada em carne e osso (Fallon), é um filme que articula toda uma “americanidade”. Tanto pensando em roteiro quanto na dramaturgia e na representação de estilo que o longa se … Continue lendo Amor em jogo, Bobby & Peter Farrelly, 2005
Febre de bola, David Evans, 1997
A falta de criatividade de Evans é do tipo de coisa que afunda qualquer enredo medíocre. Criando um esquecimento para certas histórias. Fazendo com que obras sejam fadadas à inexistência. É quase imperdoável não fosse pelo uso de certas imagens de arquivo. A sorte dele aqui é que tem algo brilhante na origem dessa história … Continue lendo Febre de bola, David Evans, 1997
Johnny Mnemonic: o cyborg do futuro, Robert Longo, 1995
De alguma forma, o filme consegue articular o ponto central mais pesado da premissa, mas sem necessariamente perder a superficialidade de suspense de ação noventista. Reeves é a folha em branco perfeita para concretizar essa posição de armazenamento esvaziado. Tudo para, numa atuação muito típica da forma como ele se porta, nos fazer pensar nessa … Continue lendo Johnny Mnemonic: o cyborg do futuro, Robert Longo, 1995
Adeus, Lênin, Wolfgang Becker, 2003
Ainda que não tenha nada de especial a princípio, o mais curioso dessa viagem nostálgica que Becker propõe ao desacelerar uma mudança brusca de sociedade é o aspecto cultural, de consumo e de banalidades por onde ele escolhe se embrenhar. Na realidade, um sistema que ruiu em prol de outro. Quedas de barreiras literais e … Continue lendo Adeus, Lênin, Wolfgang Becker, 2003
O esquadrão suicida, James Gunn, 2021
Me faz pensar em como é Kevin Feige o autor real no universo Marvel. Considerando que a melhor coisa que Gunn fez foi o primeiro Guardiões da Galáxia e que as piores foram todo o resto. Talvez o que há de especial lá seja um cercadinho ao seu redor. A ideia. O pitch inicial. Chame … Continue lendo O esquadrão suicida, James Gunn, 2021
Quatro irmãos, John Singleton, 2005
Singleton não era lá muito talentoso pensando em termos de uma estética muito específica para concretizar algo original. Não era do tipo que revoluciona a arte com uma nova maneira de olhar. Mas tem algo de tão sincero nesse cinema de despretensão. E que se soma tão bem com a abordagem temática de marginalidade que … Continue lendo Quatro irmãos, John Singleton, 2005