Chamam de o pior filme do mundo, mas dá para pensar, tanto pela ótica de que é um filme B que foi muito longe pelo amadorismo evidente e pelo aspecto camp da experiência como um todo, quanto dá para pensar que é meio pioneiro para o que viria a se tornar a TV de ficção científica procedural ou antológica nos EUA, tendo como maior proponente disso a série Além da imaginação, da CBS.

Plano 9, nesse sentido, tem muito do formato que foi ultra repetido pelas décadas seguintes dentro dos canais de TV e até nas plataformas de Streaming. A ideia de um apresentador que introduz aquele “caso estranho” e a concretização rudimentar de tudo. É muito básico porque tem que ser, por que não tem orçamento para ser muito mais que isso e porque tem que funcionar como uma repetição da premissa de um jeito meio cíclico. Aqui, alienígenas escondidos pelo governo que revivem os mortos nesse mix de cinema zumbi com cinema de OVNIs.

Diverte porque escapa por algumas arestas esse amor pelo fazer cinema de qualquer jeito. A presença de Bela Lugosi e a forma de um proto maneirismo estilizado são resquícios disso. Felizmente, a pecha de pior do mundo pro cineasta pouco a pouco se transforma e se integra em uma discussão que retoma a ideia da arte camp e queer.

plan 9 from outer space, eua, 1957
direção: ed wood / edward d. wood jr.
roteiro: edward d. wood jr.
fotografia: william c. thompson
montagem: edward d. wood jr.
elenco: gregory walcott mona mckinnon duke moore tom keene carl anthony paul marco tor johnson dudley manlove joanna lee john breckinridge lyle talbot conrad brooks maila nurmi bela lugosi criswell edward d. wood jr. david de mering norma mccarty lynn lemon ben frommer gloria dea donald a. davis johnny duncan tom mason

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